sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Ansiedade extrema



 Angústia, ansiedade, medo...

Santos, Maria Madalena dos.


Noite escura sem luz pelos terreiros e nem em casa,
Sem lua, com vagas estrelas nos céus, tamanha escuridão!
Uivos de cachorros a alarmar mato afora pelo quintal.
O medo leva até o surdo a ouvir o quase inaudível,
E se arrepiar diante da sensação de perigo.
O sono não vem por nada, por mais que se tente.
O cérebro se liga numa tremenda expectativa
De que algo está para acontecer e fica na vigília.
Quem poderá desligá-lo? O que fazer para acalmá-lo?




A ansiedade gerada pela tentativa de dormir sem sucesso,
Causa nervosismo, dormência nos pés, inquietação.
Como sair se há apenas a lanterna para as necessidades,
A qual deve ser preservada sua bateria para o uso?
Que horror! Passar uma noite que parece não ter fim,
Os batimentos cardíacos se aceleram,
O fôlego fica ofegante, falta oxigenação.
Surge una incômoda dor no peito,
Um nó atado na garganta, tremenda vontade de chorar,
E o choro não sai, fica entalado no peito.
E nesse emudecimento lágrimas quentes
E silenciosas rolam à face e amenizam a dor.
Que exaustão! Que confusão mental!



É a vida extenuante que, às vezes,
Sobrevêm como provação às pessoas.
Vencer esses medos sem deixar sequelas é quase impossível.
No geral essas mazelas ficam marcadas no cérebro
E a cada momento de medo que se repete, elas são realçadas
Deixando suas vítimas sem ação, prostradas diante da situação.

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