sábado, 30 de agosto de 2014

Consciência Crítica e Criativa.




A Essência da Educação para o educando.

            A finalidade última da educação é a conscientização do educando de sua necessidade de ter uma boa formação para seu pleno exercício da cidadania. Isto porque o objetivo primordial da educação é a formação plena do cidadão, e não há como formá-lo de forma plena sem que o habilite a agir com consciência. Um sujeito inapto para o uso de sua consciência, isto é, que não desenvolveu essa capacidade age como animal, fazendo coisas absurdas, às vezes praticam crimes hediondos, ao passo que ao treinar o indivíduo a agir usando sua consciência de forma crítica e altruísta, ele passará a julgar tanto os atos alheios quanto aos seus próprios, medindo os benefícios e as consequências dos atos bons e maus, sabendo colocar-se no lugar dos outros.
         Quando a educação é usada apenas para instruir, transmitir conhecimentos, mas falha na formação quanto à socialização, à sensibilidade e conscientização, o indivíduo, às vezes, age de forma correta apenas quando julga que está sendo observado, temendo a restrição ou punição, enquanto que o indivíduo que a educação atinge nele a sua finalidade máxima, seus atos passam a ser fruto de uma boa consciência treinada e independe de temores do homem, do medo de punições etc.
         Assim sendo, tal indivíduo agirá por conta própria, usando de sua consciência procurará sempre fazer o que julga ser correto evitando assim o que julga ser errado.
         Este é o motivo básico da finalidade última da educação ser a conscientização do educando, pois só assim poderá exercer de forma plena sua cidadania, respeitando os direitos alheios e exigindo também que os seus sejam respeitados.
         Cabe à escola propiciar aos educandos os meios necessários para a formação de uma consciência crítica. Não basta apenas desenvolver a consciência, mas treiná-la a agir de forma crítica e criativa a fim de vencer os obstáculos que a proporciona tendo sempre a visão focalizada à frente e nunca com tendências a voltar ao passado, regredir, lamentar, reclamar quando em crise diante dos desafios. A força moral, a resistência para lutar e vencer são estratégias aprendidas na escola.
         Quando o indivíduo tem uma consciência ingênua, ele não consegue ver além das aparências, o que o leva a agir precipitadamente tirando conclusões apressadas baseadas em fatos superficiais, ao passo que o indivíduo que tem uma consciência crítica é capaz de analisar profundamente os problemas a fim de averiguar suas reais causas para depois combatê-las.
         Enquanto o indivíduo de consciência tende sempre diante de crises, considerar o passado melhor, sonhando voltar no tempo, o de consciência crítica aproveita das crises para avançar procurando no futuro as soluções. O homem de consciência ingênua usa de fanatismos em vez de conhecimentos subestimando o homem simples como incapaz de vencer as dificuldades que o mundo lhe oferece preferindo aceitar explicações mágicas para os problemas, enquanto que o de consciência bem treinada investiga as causas destes, verifica e testa descobertas, revê onde julga estarem às falhas tentando solucioná-las, livrando-se assim de preconceitos e superstições usadas para explicar as coisas julgadas inexplicáveis. Enquanto um é sábio e repele toda transferência de autoridade e responsabilidade agindo de forma enérgica, com dinamismo para vencer, o ingênuo aceita passivamente tudo que lhe acontece, considerando-se sem saída por não saber se defender. Enquanto o sábio usa sempre da razão na resolução de seus problemas, usando o diálogo para esclarecimentos, argumentos com lógica, o ingênuo apela para o campo emocional por não saber discutir, argumentar a fim de analisá-los num nível de entendimento, considerando o mundo e a realidade imutáveis, o que o impede de lutar em prol de sua transformação. Já o de consciência crítica é sábio e percebe o mundo em constantes mudanças o que lhe permite fazer sempre concessões, adaptações, aceitando tanto o novo como o velho quando há justificativas válidas para isso.
         Por isso, volto a afirmar que a função principal da escola é trabalhar na conscientização do aluno, usar os conteúdos escolares para esse fim, em vez de apenas decodificá-los, mas que seja um trabalho de qualidade, partindo do concreto para as abstrações para que o aluno possa ter condições de acompanhar todo o processo e assimilá-lo, formando realmente um verdadeiro cidadão, um sujeito crítico e criativo com iniciativa para enfrentar os desafios para sua sobrevivência e superá-los de forma digna, sempre almejando algo à frente, sem nunca retroceder como se estivesse num beco sem saída, pois tal situação só existe para aqueles que não querem se expor aos problemas, preferindo se recolher e com isso serem sufocados pelos mesmos. 
         O professor deve também buscar o engajamento da turma, fazer um trabalho de forma coletiva, de equipe para que possa perceber atitudes de solidariedade ou de egoísmo, de altruísmo onde uns possam ajudar os outros a avançar, partilhar coisas, conhecimentos, etc. e receber as orientações necessárias.
         O exemplo do professor é muito importante para o educando. Este o vê como um espelho a mirar e se orgulha de um bom professor e aprende destas atitudes como pontualidade, assiduidade, responsabilidade, cordialidade, solidariedade, criatividade, senso de justiça, de humor, uso do bom senso, etc. A influência do modo de vida do professor no aluno é visível, principalmente nos anos iniciais, princípio da formação do educando, podendo ser positiva ou negativa. Não se deve misturar o pessoal com o profissional, na escola o profissionalismo deve predominar e prevalecer.
         O Conhecimento pode ser comparado a um poço bem profundo de águas cristalinas. Quanto mais água você retirar deste poço, mais clara e límpida ela se torna. Quanto mais aprofundar neste poço mais água encontrar-se-á. É uma mina inesgotável. O educando carece dessa água cristalina e você professor é o responsável em saciar sua sede fazendo as intervenções necessárias para que fique hidratado ou polido para o convívio social, tendo uma sublime autoestima que o permita avançar para o porvir.
         Não precisamos de motivos mais válidos do que estes para avançarmos. Estamos no caminho certo. A Educação é a melhor e maior arma para combater a crise, seja ele econômica, social, moral ou espiritual. Portanto, avancemos com coragem, mais e mais.
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         Santos, Maria Madalena dos.

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