Da criação de Adão ao nascimento de Jesus.
Adão foi criado por
Jeová em 4026 AEC e se rebelou contra Deus perdendo o direito da vida eterna
para si e para os seus descendentes, vindo a falecer em 3096 AEC com 930 anos de idade.
No decorrer dos anos Adão viu as consequências de sua desobediência, por exemplo,
quando aproximava seus 130 anos, seu filho Abel fora assassinado pelo seu
rebelde irmão, Caim, antes de 3896 AEC.
Após passar 1056 anos da criação de Adão nasceu Noé em 2970 AEC. Quando Noé tinha 502 anos de idade, em 2490 AEC, Jeová decretou o fim do mundo pré-diluviano, já havia se passado 1510 anos de existência do mundo, e a maldade na Terra só aumentava. O dilúvio veio a acontecer 120 anos após ter decretado o fim, eliminando da Terra toda a maldade, em 2370 AEC, tempo suficiente para Noé executar a tarefa que Jeová lhe determinara, pregar dando avisos a respeito do fim predito por Jeová e dar evidência de que confiava no que pregava por construir a arca, exatamente como
Jeová lhe instruíra. Neste mesmo ano, porém, um pouco antes do dilúvio viera a
falecer Metusalém, o homem que mais viveu na face da Terra, com 969 anos de
idade, estando até hoje na memória de Jeová aguardando para sua ressurreição na
Terra.
Noé viera a falecer
350 anos após o diluvio, com 950 anos de idade, dois anos após a sua morte viera
a nascer Abraão, em 2018 AEC, 352 anos após o diluvio. Isaque nasceu em 1918
AEC, quando Abraão tinha 100 anos e Sara 90 anos. Quando Isaque tinha 37 anos
sua mãe Sara viera a falecer aos 127 anos de idade, após três anos do
falecimento de sua mãe, Isaque, com 40 anos de idade tornara-se esposo de
Rebeca levando-a para a tenda de sua mãe em 1878 AEC, encontrando nela o
consolo pela grande perda sofrida. Gênesis 24: 63-67.
Sem, filho de Noé
nasceu em 2468 AEC e faleceu em 1868 AEC, tendo vivido 600 anos. Na época do
diluvio ele tinha 98 anos e viveu mais 502 anos após o dilúvio tendo filhos e
filhas. É provável que Abraão tenha aprendido a temer a Jeová dele, pois
viveram na mesma época, vindo Abraão a falecer 25 anos depois dele.
Rebeca levou uns 19
anos para engravidar-se e quando engravidou deu à luz os gêmeos Esaú e Jacó, em
1858 AEC. Gênesis 25: 20-26 afirma que
no ventre de Rebeca havia duas nações e que o mais velho serviria ao mais novo,
no caso de Esaú, o primogênito serviria a Jacó, o que nasceu após ele. Mais
tarde, o apóstolo Paulo afirmara que isto era para demonstrar que a escolha do
descendente, literalmente semente da promessa, no caso Jacó, dependia
inteiramente de Deus. Romanos 9: 6-13. A partir daí começou a linhagem de
Jesus. Rebeca estava bem a par daquilo que Jeová lhe dissera que o mais velho
serviria ao mais jovem e tomou medidas para que o idoso Isaque abençoasse Jacó.
O resultado estava em harmonia com o propósito de Jeová, segundo Gênesis 27: 6
a 29. Assim como se deu no caso de Abraão, as orações de Isaque para se ter
descendentes só foram atendidas depois que sua paciência e fé na promessas de
Deus tinham sido plenamente testadas. Gênesis 25: 20, 21, 26 e Romanos 9: 7-10.
Abraão morreu depois que seu neto Jacó tinha 15 anos de idade e já tinha
conhecimento do pacto juramentado de Deus, ouvido diretamente da sua boca e
também da boca de seu filho Isaque. Jacó compreendia o grande privilégio que
seria participar no cumprimento de tais promessas divinas. Quando Isaque enviou
Jacó a Harã para obter uma esposa o abençoou novamente e disse especificamente
“o Deus todo-poderoso te dará a bênção de Abraão”. Gênesis 28: 3, 4. E Hebreus
11: 20.
Jacó fugiu de seu
Irmão Esaú em 1781 AEC viajando para Harã, em Padã-arã, terra dos orientais. Lá
ele foi acolhido por seu tio Labão e um mês depois ele concordou em trabalhar
para ele por sete anos para casar-se com Raquel, sua filha mais nova, da qual
gostara muito. Após vencer os sete anos chegara o momento do casamento, porém,
seu tio o enganara dando-lhe na noite de núpcias Léia, sua filha primogênita em
vez de Raquel, devido ao costume local de não poder entregar a filha mais nova
sem antes casar a mais velha. Jacó concordou em passar a semana de núpcias com
Leia, para depois receber Raquel também por esposa, sendo esta mais amada e
para a qual tivera de trabalhar outros sete anos.
Leia tornou-se mãe de
sete filhos de Jacó, sendo seis homens e Diná, uma filha. Assim em Rute 4: 11
Léia é citada junto com Raquel como uma das pessoas que “construíram a casa de
Israel”. Léia teve a honra de dar a luz Levi, fundador da tribo sacerdotal de
Israel, os levitas, e a Judá que se tornara o pai da tribo real da nação,
linhagem a qual fora preservada até o nascimento de Jesus Cristo.
Raquel passou por um
período de infertilidade, mas depois ela veio a dar a luz aos seus próprios
filhos, sendo o primeiro José, José do Egito, muito amado por seu pai. Jacó
estava pronto para retornar à sua terra, mas por insistência do seu sogro
permaneceu ali por mais seis anos, quando, sob orientação de Deus, Jacó fora se
embora com sua enorme família. Jacó permaneceu 20 anos em Padã-Arã e em 1761
AEC, retornara. Ao encontrar com seu irmão Esaú, mostrou sua contínua
preferência por Raquel colocando-a junto com José seu filho, em último lugar na
ordem do grupo, uma posição mais segura caso seu irmão Esaú os atacasse.
Gênesis 33: 1-3, 7.
Em alguma parte entre
Betel e Belém Raquel dera a luz seu segundo filho Benjamim, vindo a falecer
logo a seguir, no parto e ali foi sepultada. Jacó erigiu uma coluna para marcar
o seu túmulo. A bênção profética de Jacó havia atribuído o papel de liderança à
Judá. (Gênesis 49: 8, e 1º Crônicas 5: 2.); e o cumprimento dela é confirmado
pela primitiva historia da tribo de Judá. Esta tribo produziu Calebe, um dos espias
fiéis, o qual entrara novamente na terra prometida ao lado de Josué.
Depois de Saul, da
tribo de Benjamim ser ungido como primeiro rei de Israel, os homens de Judá
lutaram fielmente sob a sua liderança. Davi apoiou lealmente a Saul, mesmo
sendo ameaçado. Naquele tempo a tribo de Judá era como “um leãozinho”,
aguardando o poder régio nas mãos de Davi. Jeová iria transferir o poder régio
da tribo de Benjamim para a tribo de Judá, sob o reinado de Davi.
Davi, descendente de
Boaz e Rute, tinha uma ascendência que remontava a Judá , por intermédio de
Péres, um dos gêmeos de Judá com Tamar. Uma linha genealógica direta de Péres
passava por Boaz até Davi, e finalmente até Jesus, o Messias. ( Rute 4 : 18 a
22; 1º Crônicas 2 : 4 a 15; Mateus 1 :3; Lucas 3 : 33 )
Belém era a cidade
natal de Davi, onde haviam morado seus antepassados: Jessé, Obede e Boaz, mas “a
cidade de Davi” é Sião, em Jerusalém. – 2º Samuel 5: 7.
Mateus traça os
descendentes de Salomão até José, pai adotivo de Jesus, demonstrando assim que
Jesus tem o direito legal ao trono de Davi, através da linhagem régia. Mateus 1:
7, 16.
Lucas traça a
linhagem de Jesus até Eli, pai de Maria, através de Natã, outro filho de Davi e
Bate-Seba, e, portanto, irmão de Salomão. Tanto Maria como José, é descendente
de Davi e Bate-Seba. José através de Salomão e Maria através de Natã, irmão de
Salomão. Sendo assim, Jesus é tanto descendente natural como descendente legal
de Davi, com plenos direitos ao trono.
Maria era da tribo de
Judá e descendente de Davi, por isso, o filho dela, Jesus, procedeu do
descendente de Davi segundo a carne. (Romanos 1:3), e através de seu pai
adotivo, José, descendente de Davi, Jesus tinha o direito legal ao trono de
Davi. Jesus tinha e tem o direito hereditário ao trono de Davi seu pai, só que
este trono, ao contrário do que muitos pensavam é um trono celestial,
inacessível aos humanos, mas que irá governar em toda a Terra. (Mateus 6: 9 e 10).
José se casa com
Maria em 02 AEC e Maria dá a luz a Jesus em Belém, no ano 02 AEC.